terça-feira, 29 de março de 2011

19 de Março - Dia do Pai



Para o pai uma mão cheia de cor
De linhas que descrevem quem tu és para mim...
Ainda não sei desenhar-te como te vejo
Com cabeça, tronco e membros...
Mas as minhas mãos desenham cores com que te vejo
E cada cor tem um sentido, uma palavra.

És o meu pai em qualquer cor
e eu Adoro-te tal como és!

Para comemorar este dia os pais foram desafiados a participar na "Hora do Conto". Pelas mãos dos pais as histórias  foram chegando ao seu reino e na sua poltrona foi contada aos pequenos principes e princesas. Foram momentos mágicos vividos pelas crianças e pelos pais que, apesar do seu pouco tempo livre, quiseram estar presentes e proporcionaram aos seus filhotes um bocadinho de fantasia carregada  de descoberta,  curiosidade,  afectividade e companheirismo.

A todos os pais que puderam estar presentes,
Os vossos filhos agradecem! 

domingo, 13 de março de 2011

Como interpretar o desenho

O desenho pode ser, na infância, um canal de comunicação da criança e seu mundo exterior. Segundo os psicólogos da Unidade de Desenvolvimento Psicológico e Educativo de San Salvador, por ética, só uma pessoa especializada, como alguns psicólogos, pode interpretar os desenhos, seguindo protocolos estabelecidos para esse fim.
O especialista deve levar em conta a condição biográfica e familiar da pessoa que desenhou, bem como sua história pessoal, que servirá como marco de referência de quem está fazendo o desenho. Além disso, é necessário levar em conta que um desenho é importante, mas não define tudo. É uma expressão de sentimentos e de desejos que podem ajudar a saber, por exemplo, como se sente a criança a respeito da sua família, sua escola, etc. Através dos desenhos das crianças, pode-se observar detalhes que para uma pessoa adulta pode passar despercebido. O desenho pode ser, na infância, um canal de comunicação entre a criança e seu mundo exterior. A primeira porta que a criança abre o seu interior.

Formas de interpretação do desenho infantil

Existem algumas pistas que podem orientar os pais sobre o que diz o desenho do seu filho. No entanto, são puramente orientações. Segundo a especialista canadense, Nicole Bédard, o desenho diz muitas coisas. Exemplos:
Posição do desenho – Todo desenho na parte superior do papel, está relacionado com a cabeça, o intelecto, a imaginação, a curiosidade e o desejo de descobrir coisas novas. A parte inferior do papel nos informa sobre as necessidades físicas e materiais que pode ter a criança. O lado esquerdo indica pensamentos que giram em torno ao passado, enquanto o lado direito, ao futuro. Se o desenho se situa no centro do papel, representa o momento atual.
Dimensões do desenho -  Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança, enquanto os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente precisam de pouco espaço para se expressar. Podem também sugerir uma criança reflexiva, ou com falta de confiança.
Traços do desenho -  Os contínuos, sem interrupções, parecem denotar um espírito dócil, enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura e impulsiva.
A pressão do desenho - Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais forte seja o desenho, mais agressividade existirá, enquanto as mais superficiais demonstra falta de vontade ou fadiga física.
As cores do desenho – O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo; o amarelo, a curiosidade e alegria de viver; o laranja, necessidade de contato social e público, impaciência; o azul, a paz e a tranquilidade; o verde, certa maturidade, sensibilidade e intuição; o negro representa o inconsciente; o marrom, a segurança e planejamento. É necessário acrescentar que o desenho de uma só cor, pode denotar preguiça ou falta de motivação. 
Esses tipos de interpretação, são apenas uma pincelada dentro do grande mundo que é o desenho infantil. Não devemos generalizá-los. Cada criança é um mundo, assim como as regras de interpretação do desenho infantil. Se alguma coisa te preocupa no seu filho, e se for necessário, busque um especialista.

A evolução do desenho infantil

O desenho evolui paralelamente ao desenvolvimento da criança. O desenho não se ensina, sai de dentro da criança. Pode-se estimular um bebê de um ano e meio, por exemplo, deixando-o ter contato com algum lápis. Convém utilizar os de cera que tem a ponta arredondada e são mais gordinhos. Nessa idade, muitas crianças já poderão segurar um lápis e fazer seus primeiros rabiscos.

A orientação sim, é importante nesta etapa, nem que seja para não deixar a criança pintar as paredes, portas, chão, etc., nem tentar colocar o lápis na boca. Se puder, compre uma mesinha adequada à sua altura para que possa desenhar mais tranquilamente. No princípio, ela fará traços desordenados, irregulares, e sem nenhum tipo de controle. Os rabiscos parecerão sem sentido, mas funcionam como uma grande manifestação de prazer e diversão para a criança.

As idades das crianças e os desenhos
Aos 18 meses a criança fará rabiscos sem parar, sem sentido e desordenado, mas se divertirá muito ao descobrir o mundo das cores e os traços. Mostrará a todos o que fez, e é importante que seu público lhe responda positivamente. Sua coordenação motora nesta etapa ainda é muito precária. Essa etapa se denomina auto-expressão. Sentirá curiosidade pelas paredes, o chão, as revistas, e tentará rabiscá-los de todas as formas.

Aos 2 anos de idade, o rabisco passará a ser mais controlado e já terá outro sentido para a criança que passará a notar que existe uma relação entre os rabiscos e o movimento que faz sua mão. Irá querer desenhar sem parar e usará mais de um lápis de cor para preencher a folha. Os traços do seu desenho ocuparão partes antes desocupadas do papel. A criança, nessa idade, começará a sentir curiosidade e querer provar outros tipos de lápis e materiais. O vivenciamento predominará sobre a expressão.

Aos 30 meses de idade, a criança já será capaz de controlar um pouco mais os movimentos de sua mão, e de, inclusive, manejar o lápis. Seus traços, agora um pouco mais firmes, já não sairão da folha. A criança gozará de uma melhor coordenação e é aí que aparecerá o desenho simbólico. Cada rabisco ou desenho que consiga fazer, terá um nome e um sentido para ela. Em razão disso, a criança passará a desenhar muito mais, já que passa a ver sua criação como algo real. Um quadrado para ela pode representar uma casa. E um círculo, ainda que mal feito, pode simbolizar uma cabeça ou outra coisa. Nessa idade, a criança descreverá aos demais o que desenhou, e esperará que a entendam.

A partir dos três ou quatro anos, o desenho da criança se aproximará mais da realidade. Sentirá especial interesse em desenhar seu papai ou sua mamãe, ou seu amiguinho, irmão, primo, ou outra figura humana. O uso de cada cor terá um significado para ela. Há crianças que já demonstram preferência por algumas cores. Essa é uma etapa pré-esquemática.

Aos cinco anos, começará a desenhar mais detalhes em seus personagens e a utilizar mais cores adequadamente. Desenhará pessoas com roupa, levando algum objeto. Já a partir dos seis anos, seus desenhos terão pormenores importantes como mão com cinco dedos, orelhas, cabelos diferenciados, pessoas sentadas, etc. Também se encontrará preparada para desenhar paisagens, flores no campo, frutas nas árvores, chaminés nas casas, rios, e tudo a que se proponha.

É lógico que essas etapas servem apenas de orientação. Sempre devemos considerar que cada criança é um mundo e que cada um tem sua própria habilidade além do seu devido tempo para desenvolvê-la. E isso deve-se respeitar e não forçar.



domingo, 6 de março de 2011

O Carnaval na nossa salinha


 (passa o rato pelo slide para veres as legendas)

OLÁ :)
 No dia 4 de Março a nossa escolinha realizou o nosso famoso e tradicional cortejo de carnaval este ano dedicado aos palhaços e às palhaçadas!!! O palhaço, aquela "criatura" fantástica, colorida e bem disposta, com a qual crescemos, rimos, choramos, surpreendemos, admiramos ... da qual temos algum receio (quando crianças) mas que, se pensarmos bem,  nos acompanha sempre durante a nossa infância e até na vida adulta.

Olha o palhaço, que tonto
só sabe dar cambalhotas
já tem o casaco roto
e até perdeu as botas!

Tem a cara pintalgada
e o nariz muito encarnado
no carnaval há muitos palhaços
mas nenhum tão engraçado


Mas os  mais engraçados e os mais lindos foram os nossos meninos e meninas que voaram ao reino da fantasia e voltaram disfarçados de principes, tigres, robin dos bosques, joaninhas, zorro, dama antiga, abelha...estavam muito giros :) 

Como somos pequeninos ficámos na salinha.  Fizemos uns chapéus com os animais da quinta que ficaram muito engraçados e que levaram as crianças ao espelho da sala para se verem e admirarem ... brincámos com os balões coloridos, serpentinas e  dançámos ao som da música do panda! Foi divertido!

As nossas Conquistas


(passa o rato pelo slide para leres as legendas)


E cá estão mais algumas novidades da nossa salinha. Muitas conquistas foram adquiridas pelos nossos meninas e meninas da  creche e sempre que observamos algo novo, pegamos rapidamente na máquina fotográfica para registarmos estes momentos mágicos.

O Guilherme, o Miguel, o Eduardo e o Manuel já andam sózinhos pela sala e nos acompanham para todo o lado, primeiro com alguma insegurança, depois com a certeza que são capazes de conquistar a estrada e caminhar sem receio :)

O André já se levanta com apoio e percorre a sala à procura de brinqueos dos  mais crescidos. Não tarda nada está a andar também :)

PARABÈNS !!O Manuel fez um aninho e partilhou o seu bolinho de aniversário com todos os meninos e meninas da salinha. Todos acompanhámos a canção de parabéns e no fim saboreámos aquele docinho que nos reconfortou depois do lanche.

PARABÈNS  à Rosa !! mais um ano e desta vez na companhia dos nossos reguilas :) e como não podia faltar, cantámos os parabéns e  saboreámos um bolinho gostoso !!!


Bem- vindo João à nossa salinha do Berçário!!! rechonchudo e bem disposto o Joãozinho trouxe mais alegria à nossa sala. Já tem um dentinho a nascer e já come a sopa toda! :)

Temos uma nova amiguinha na creche, a Cátia, que vem crescer e fazer-nos crescer dia a dia. É a nossa estagiária da Escola Profissional de Aveiro e está a tirar o curso de técnica de auxiliar educativa. Está a portar-se muito bem e todos nós gostamos de estar com ela e ela connosco :)

Com os novos brinquedos na sala as crianças estão muito atarefados a tomar conta dos bebés. Alguns pratos, garfos, colheres, copos e legumes de plástico projectaram os nossos meninas e meninos da aquisição de marcha para o brincar social espontâneo. Ainda no ínicio, transmitem  nas suas brincadeiras projecções do dia a dia que conhecem tão bem, embora pequeninos.
É assim, pouco a pouco, que se fazem conquistas a nível social e afectivo. Primeiro brincam lado a lado com as outras crianças, depois partilham conversas, brinquedos e brincadeiras envolvendo-se em enredos fantásticos que lhes ocupa algum tempo, levando a cabo uma dramatização com a qual nos identificamos. Também é muito importante observar estas histórias para podermos entender, não só o que a criança já sabe, mas também para podermos estimulá-la a descobrir novas brincadeiras e enredos. Desta forma desenvolvem as suas capacidades linguísticas. Primeiro entrelaçando conversas e diálogos que só elas conhecem e depois, pouco a pouco, se estivermos com atenção, conseguimos decifrar algumas mensagens que no fundo nós utilizamos no dia a dia. É tão enriquecedor quando os nossos meninos e meninas já repetem o que dizemos nitidamente e só nos apetece sorrir e dar muitos beijinhos por eles serem assim tão "inteligentes"  (os pais percebem o que quero dizer :) )


Os nossos pequeninos gostam muito de ver as fotografias que tiramos. Assim de vez em quando, podem vê-las no computador e identificam-se a si e aos outros. Desta forma a conversa surge espontaneamente. Quem são estes meninos?O que estão a fazer? e o diálogo surge. Além das fotografias também levo algumas canções animadas  (em video), imagens de animais ou objectos para que possam identificar.
Embora possa haver algumas criticas em relação ao contacto com este meio informático nestas idades, eu defendo que é de bom senso haver um equilibrio entre o demasiado e o inexistente. O tempo de visualização não pode ser demasiado. Mas a sua utilização no aspecto pedagógico é muito importante, pois nos ajuda a transmitir conteúdos que as crianças podem assimilar facilmente. Identificar objectos, cores, imagens soltas, acompanhar canções que já conhecem, identificar acções diárias ajuda-as a desenvolver o seu quadro conceptual a nível cognitivo e linguístico. O tempo de concentração também é um elemento que podemos desenvolver com esta actividade.

Bem por agora é tudo. Mas fica em aberto a questão: O que acham do acesso das crianças destas idades ao Computador do ponto de vista pedagógico?