quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As cores primárias

As cores primárias

o video sobre as cores primárias está engraçado e os nossos meninos vão gostar de o ver

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O flanelógrafo


O FLANELÓGRAFO é um material didático bastante útil em diversas actividades, desde histórias, canções, lenga lengas, jogos e  até iniciação à matemática.
O FLANELÓGRAFO, consiste numa base rija (platex ou corticite) que tem um lado revestido de flanela ou feltro, onde são aplicadas gravuras. Este revistimento costuma ser de uma cor escura para que as gravuras sobressaiam.

As GRAVURAS que se utilizam podem ser ilustrações, retiradas de revistas, jornais, ou imagens de livros.
Devem ser recortadas em cartolina plastificada ou feitas em veltro. Por fim, devem ter pequenos pedaços de lixa ou feltro, colados na parte posterior para garantir a aderência.
Devem apresentar-se gravuras de tamanho visível para toda a turma e evitar gravuras com excesso de detalhes.





É um material didático que nos vai ser útil na salinha para que as crianças possam "visualizar " canções ou histórias tradicionais que vamos ouvir.
É também um meio que permite as crianças participarem na construção de uma história, jogo ou canção.
Como estamos a falar sobre as cores aprendemos a canção "Caixinha de Cores". Fizemos fantoches simples das "personagens" e à medida que vamos cantando vamos colando no flanelografo as respectivas imagens.

Os nossos pinguins gostam muito de participar nas actividades então escolhem qual é o fantoche que querem ter na mão e quando cantamos esta canção, levantam o fantoche da imagem correspondente.
Ficam radiantes!!!! :)

CAIXINHA DE CORES

Tenho uma caixinha

com lápis de cores;
vou pintar o mar,
o sol e as flores!


Refrão:


O sol é amarelo,
azul é o mar,
verdinha é a folha
ao vento a dançar!


Vou pintar com roxo
um baguinho d'uva.
Com o azul clarinho
vou pintar a chuva
 
Pinto de vermelho
o meu coração
e o moranguinho
que trago na mão

A Cor Amarela

Com um pincel na mão e tintas de muitas cores vamos pintar o arco-íris...

A cor amarela é uma cor primária de fácil perceção para as crianças. Alguns pinguins de fraldas já sabem muitas cores, outros estão a dar as primeiras pinceladas no mundo da identificação das cores. Apesar de muitas pinturas, muitas mãos cheias de tintas, muitos bibes coloridos e de mesas multicolores, a associação/simbolismo das cores vai agora começar.
Identificar a cor e associá-la a um objeto são os principais objetivos desta maratona.

Para tal aprendemos uma canção nova que fala do pintainho amarelo

Meu pintinho amarelinho
pousa aqui na minha mão (na minha mão)
se quiseres comer bichinhos
com o pezinho vais ciscar o chão.
Ele bate as asas
ele faz piu piu
ele só tem medo é do gavião.

Fizemos um pintainho em cartolina e colámos bolinhas de papel crepe amarelo :) Ficaram engraçados e com eles vamos fazer um mobil. Pintamos de amarelo o sol e o pato pois são duas imagens que as crianças podem facilmente identificar no seu dia a dia.

Também fizemos jogos. Misturamos objectos da sala de várias cores e cada criança ia buscar um objeto amarelo e mostrá-lo às outras crianças.

O comboio das cores ainda agora começou e os meninos já começaram a embarcar. Trouxeram na bagagem muitos objectos amarelos e já sabem de quem são e a qual a sua cor.

Na próxima estação estará a cor verde à espera de novidades.
Até lá o Sol Amarelo irá brilhar para os nossos pinguins :)

Aqui está a canção no youtube para que os pais possam acompanhar a melodia com os "pinguins de fralda"

domingo, 25 de setembro de 2011

Bem Vindos à Nossa Salinha





Olá sejam bem vindos à nossa nova salinha dos 2 Anos.
Os nossos meninos e meninas já têm dois anos e por isso o espaço da sala está dividido de forma a poderem brincar e explorar tendo em conta algumas regras que fomos introduzindo pouco a pouco. A definição dos espaços é muito importante para os nossos "pinguins" de fralda para que saibam o que podem ou não fazer em determinados espaços.

Assim sendo, a salinha tem o cantinho da casinha, onde as crianças começam a brincar interagindo entre elas. Embora ainda brinquem sozinhas com o seu bebé, já começam a fazer pequenas "representações" simbólicas do dia a dia. Deitam os bebés na cama e dão um beijinho a cada um :), puxam os lençois para aconchegar os bebés; põem-nos no bacio e depois deitam fora o chichi; fazem a papa e sopram porque está quente; dão a comida à boca uns dos outros e é sempre uma confusão quando se trata de passear o bebé no carrinho!!!Todos querem o carrinho :)

Temos também o cantinho da pista onde as crianças podem brincar com os carrinhos. Também há uma pista de comboios mas tem sido constantemente desmanchada e por isso, vamos alternando entre uma pista e a outra. Os meninos gostam muito de brincar nesse espaço, mas as meninas também!

O cantinho da manta e da leitura é um espaço maior. As crianças podem deitar-se na manta, ver os livros, brincar com os carros, brincar com os animais, com os legos etc. É um espaço priviligiado para a leitura de uma história, para as nossas conversas, canções e jogos de grupo.

O cantinho dos jogos de mesa é composto por alguns jogos de encaixe, puzzles, jogos de associação, enfiamentos etc. As crianças podem levar os jogos para a mesa e fazê-los em conjunto ou individualmente.

O cantinho da expressão plástica é o espaço da pintura, dos desenhos e da colagem. É um espaço de criação, exploração e descoberta dos vários tipos de materiais, cores e texturas que podem ser utilizados numa actividade.

Estes não são espaços fixos ao longo do ano. Com o passar do tempo e com o evoluir do desenvolvimento das nossas crianças iremos fazer algumas alterações  de acordo com as necessidades do grupo e do seu bem estar.

domingo, 4 de setembro de 2011

Pronto para deixar a fralda?


O Papel dos Pais e do Educador

É muito importante referir que no momento de "tirar a fralda, tem de haver uma sintonia/comunicação entre os pais e a educadora ... no mesmo momento ... para que a criança não se sinta confusa e para que as rotinas permaneçam tanto  em casa como na creche.
No livro “A Criança e a Higiene”, Brazelton alerta para a importância desta sintonia: «Qualquer inconsistência provoca confusão na criança. (…) É essencial que conversem sobre os passos a dar para alcançar o sucesso da criança nesta fase».




 


Como em tudo o que ao desenvolvimento infantil diz respeito, não há uma data fixa para deixar de usar fraldas.

«Cada criança tem o seu ritmo» é um chavão que os pais já ouviram vezes sem conta, mas que nem sempre interiorizaram. E por isso ficam preocupados se os filhos dos amigos conseguem atingir esta, como outras etapas, antes do seu. Mas, nesta como noutras questões, é preciso dar tempo ao tempo. E se não podemos nem devemos forçar uma criança a comer ou a dormir, também não podemos nem devemos forçá-la a fazer chichi e cocó quando queremos e onde queremos.
Berry Brazelton, o mais conceituado pediatra da actualidade, alerta os pais para a importância de esperar que a criança esteja pronta. O seu método centra-se na criança, ou seja, é ela que tem de ser a protagonista e não os pais. Na sua opinião, tal nunca deve acontecer antes dos dois anos de idade. Existem certamente crianças que conseguem deixar as fraldas com sucesso mais cedo, mas ao tentar-se mais cedo, com a generalidade das crianças, estamos a sujeitar muitas delas a um mal-estar psicológico não negligenciável: «Quando as crianças são pressionadas antes de estarem preparadas para serem bem-sucedidas, os insucessos resultam em problemas sérios como a retenção das fezes, a incontinência fecal ou a enurese nocturna» (A Criança e a Higiene, de T. Berry Brazelton e Joshua D. Sparrow, Presença).

O importante será então, na opinião de Brazelton, ter a certeza que a criança está preparada e permitir que esta seja uma conquista sua e não uma imposição dos pais. Para tal, é preciso esperar que surjam os primeiros sinais que revelam a maturidade necessária por parte da criança. Para ele, os mais importantes são: já não querer estar sempre de pé e a andar de um lado para o outro; a linguagem estar bastante desenvolvida; saber dizer Não; saber pôr as coisas no sítio certo; começar a imitar os pais e irmãos mais velhos; começar a manter-se seca durante uma ou duas horas; fazer cocó a horas certas; estar a conquistar a consciência do seu corpo.


Estes sete sinais eleitos por Brazelton como essenciais revelam que o controlo dos esfíncteres, ou seja, aprender a reter durante algum tempo o chichi e o cocó, é uma capacidade complexa e que está relacionada com uma série de outras aquisições. Deixar as fraldas depende de aspectos fisiológicos, mas também cognitivos, psicológicos e emocionais. Assim, deverá avaliar, separadamente, alguns parâmetros do desenvolvimento do seu filho, para perceber se ele estará pronto para mais este grande passo.


ASPECTOS FISIOLÓGICOS E DE MOTRICIDADE

Os músculos dos esfíncteres (genital e anal) têm de ter atingido maturidade suficiente de modo a permitirem que a criança «aguente» algum tempo entre sentir que tem vontade de ir à casa de banho e estar a postos para fazer chichi ou cocó. Essa maturidade muscular acontece, em média, algures entre os 12 e os 24 meses, segundo a Sociedade Americana de Pediatria.
Por volta dos 12 meses, a criança começa a reconhecer a sensação que precede a eliminação dos chichis e cocós. É possível observar como param antes de fazer, como se colocam por vezes em certas posições em que se sentem mais confortáveis. Nesta fase ainda não terão capacidade para “aguentar”, mas esse reconhecimento dos sinais que o nosso corpo dá é muito importante neste processo.
Mais tarde, os esfíncteres atingem a maturidade que permite à criança reter por algum tempo chichis e cocós. Este processo tem uma sequência: primeiro, a criança deixa de fazer cocó durante a noite, depois consegue controlar chichi e cocó durante o dia e, por fim, consegue deixar de fazer chichi também durante a noite.

O facto de a criança manter a fralda seca durante períodos cada vez maiores – algumas horas – e até de acordar por vezes da sesta sem ter feito chichi durante o sono são sinais de que, fisiologicamente, estará pronta para iniciar o processo de deixar as fraldas. Mais tarde, quando começar a acordar de manhã com a fralda seca, é o sinal de que já consegue também deixar de fazer chichi durante a noite. Após começar a andar, por volta dos 12 meses, a criança não pára. Quer estar sempre em pé, como diz Brazelton. Mas quer também correr e testar a sua nova habilidade e todos os seus limites. Só depois desta fase estará disponível para outras conquistas, ao nível da motricidade fina, conquistas essas que são importantes na hora de deixar as fraldas. A coordenação motora que lhe permite despir-se, tirar a sua fralda, baixar e levantar as cuecas é outro sinal de que está pronta para deixar as fraldas.


DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E LINGUAGEM

A descoberta do corpo é fundamental para conseguir dispensar as fraldas. A criança começa a mostrar curiosidade sobre os seus órgãos genitais e outras partes do corpo, percebe as suas funções, nomeia-os, gosta de jogos que envolvam o seu corpo.

Estar pronta para o grande passo significa que ela tem de conseguir associar uma sensação que o corpo lhe envia a uma resposta apropriada e complexa pois é-lhe exigido várias coisas ao mesmo tempo: contrair os esfíncteres de forma a reter algum tempo o chichi ou cocó (assim que sente vontade de fazer), avisar um adulto que precisa de ir à casa de banho, ir até lá, esperar que a dispam e sentem na sanita ou bacio, e só então descontrair os músculos de forma a fazer chichi ou cocó onde é suposto. É preciso concentração!

O seu filho tem também de perceber tudo o que lhe diz e saber comunicar quando tem vontade. Só assim poderá entender todos os passos do processo. Aprender o vocabulário envolvido é um passo prévio que não deverá descurar.

Tal como andar ou falar, ir à casa de banho parece muito fácil para quem o fez toda a vida, mas não podemos esquecer que a experiência de toda a vida de uma criança de dois anos é fazer chichi e cocó na fralda. É não ter de se preocupar com isso nem ter de interromper nenhuma actividade para tratar desse assunto.

Aprender a controlar os esfíncteres e aceitar que terá de ir sempre, várias vezes por dia, ao bacio ou à sanita exige, portanto, maturidade a nível cognitivo e maturidade psicológica. É preciso que a criança tenha já capacidade de abstracção e pensamento simbólico, capacidade de resolver problemas e de memorizar.


ASPECTOS EMOCIONAIS E SOCIAIS

Auto-domínio e desejo de agradar aos pais são ingredientes não menos importantes em todo este processo. O desejo de fazer sozinho, de dominar certas actividades são bons indicadores de maturidade. Dizer «eu faço», «eu consigo», «eu sozinho» revelam que a criança está no bom caminho na conquista da independência e que se vai sentir orgulhosa por conseguir ultrapassar com sucesso mais esta importante etapa do seu desenvolvimento.


É claro que esta é também a «idade do Não», ou seja, a criança está a afirmar-se enquanto dona e senhora da sua vontade, por oposição à vontade dos pais. Isso pode dificultar o processo de deixar as fraldas, pois se a criança percebe que os pais fazem muita questão pode marcar a sua posição recusando-se a colaborar. Fazer fora do sítio só pelo prazer de contrariar é sempre uma opção «divertida». Se o seu filho está no auge desta fase, o melhor é esperar que passe. Largar as fraldas não pode ser mais um ponto de discórdia, mas sim uma conquista positiva.



A consciência social é também um ponto prévio importante. Ou seja, a vontade de fazer como os outros e de ser crescido. É por isso que crianças com irmãos mais velhos têm tendência a deixar as fraldas mais cedo. Tal como é mais fácil uma criança cooperar quando está na creche e distrair-se quando está em casa.


O temperamento da criança também interfere nesta questão. Uma criança demasiado sensível ao toque pode demorar mais algum tempo até estar disposta a sentar-se, sem fralda, numa superfície fria. Uma criança demasiado activa pode ter dificuldade em estar sentada quieta no bacio. Neste caso, pode ser útil a brincadeira de pôr primeiro o boneco preferido a fazer, baixar e levantar as cuecas dele.